Cirurgia Robótica

A cirurgia robótica é uma modalidade de cirurgia minimamente invasiva que apresenta grandes vantagens com relação a cirurgia aberta e a cirurgia videolaparoscópica (cirurgia por vídeo). A cirurgia videolaparoscópica já trouxe melhorias como menores incisões, menor taxa de infecção de ferida operatória e recuperação mais precoce. Com o advento das plataformas robóticas, muitas limitações ainda presentes na videolaparoscopia convencional foram superadas.
O sistema cirúrgico robótico possui braços nos quais são acoplados uma câmera e pinças robóticas, e esse sistema tem acesso ao paciente por meio de portais inseridos por técnica minimante invasiva. O cirurgião comanda todos os braços robóticos através de um console.
A câmera do robô traz uma visão em três dimensões e as pinças robóticas permitem alta precisão e amplitude de movimentos, possibilitando ao cirurgião a realização de determinadas manobras técnicas inviáveis com os instrumentos da laparoscopia convencional.

Na urologia, especificamente, a cirurgia robótica permitiu grandes avanços, principalmente no tratamento de patologias como câncer de próstata e câncer de rim. Na prostatectomia radical (retirada da próstata por câncer) a cirurgia robótica permite alta hospitalar mais precoce, menor sangramento transoperatório e maior preservação de estruturas relacionadas com o controle urinário e a função erétil, melhorando a continência urinária precoce e reduzindo as taxas de disfunção erétil no pós-operatório.
No tratamento do câncer renal os recursos da cirurgia robótica têm viabilizado a realização de nefrectomia parcial (retirada apenas do tumor) em lesões renais cada vez mais complexas, antes tratadas com nefrectomia radical (retirada de todo o rim).

O sistema robótico mais amplamente utilizado é o robô da Vinci, da empresa Intuitive, que foi liberado para uso pela FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos em 2000. Com o tempo as plataformas foram aperfeiçoadas e hoje temos no nosso meio o da Vinci Si, da Vinci X e da Vinci Xi, sendo este último o mais avançado e que oferece mais recursos. É no robô da Vinci Xi que eu e minha equipe realizamos as nossas cirurgias robóticas. Existe ainda o da Vinci SP (Single port), plataforma onde as pinças robóticas acessam o paciente por um único portal, possibilitando a cirurgia robótica por incisão única. Porém, o da Vinci SP ainda não é uma realidade no Brasil.
Em 2021 chegou ao Brasil o sistema cirúrgico robótico Versius, da empresa britânica CMR Surgical, apresentando diferenças com relação ao da Vinci, e trazendo mais uma alternativa para hospitais e cirurgiões brasileiros terem acesso a cirurgia robótica. Mais recentemente, em setembro de 2022, o Sistema Hugo™ RAS, da empresa Medtronic, foi apresentado no XVII Congresso Paulista de Urologia, devendo estar disponível em breve para os hospitais brasileiros.

Cirurgia Robótica

A cirurgia robótica é uma modalidade de cirurgia minimamente invasiva que apresenta grandes vantagens com relação a cirurgia aberta e a cirurgia videolaparoscópica (cirurgia por vídeo). A cirurgia videolaparoscópica já trouxe melhorias como menores incisões, menor taxa de infecção de ferida operatória e recuperação mais precoce. Com o advento das plataformas robóticas, muitas limitações ainda presentes na videolaparoscopia convencional foram superadas.
O sistema cirúrgico robótico possui braços nos quais são acoplados uma câmera e pinças robóticas, e esse sistema tem acesso ao paciente por meio de portais inseridos por técnica minimante invasiva. O cirurgião comanda todos os braços robóticos através de um console.
A câmera do robô traz uma visão em três dimensões e as pinças robóticas permitem alta precisão e amplitude de movimentos, possibilitando ao cirurgião a realização de determinadas manobras técnicas inviáveis com os instrumentos da laparoscopia convencional.

Na urologia, especificamente, a cirurgia robótica permitiu grandes avanços, principalmente no tratamento de patologias como câncer de próstata e câncer de rim. Na prostatectomia radical (retirada da próstata por câncer) a cirurgia robótica permite alta hospitalar mais precoce, menor sangramento transoperatório e maior preservação de estruturas relacionadas com o controle urinário e a função erétil, melhorando a continência urinária precoce e reduzindo as taxas de disfunção erétil no pós-operatório.
No tratamento do câncer renal os recursos da cirurgia robótica têm viabilizado a realização de nefrectomia parcial (retirada apenas do tumor) em lesões renais cada vez mais complexas, antes tratadas com nefrectomia radical (retirada de todo o rim).

O sistema robótico mais amplamente utilizado é o robô da Vinci, da empresa Intuitive, que foi liberado para uso pela FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos em 2000. Com o tempo as plataformas foram aperfeiçoadas e hoje temos no nosso meio o da Vinci Si, da Vinci X e da Vinci Xi, sendo este último o mais avançado e que oferece mais recursos. É no robô da Vinci Xi que eu e minha equipe realizamos as nossas cirurgias robóticas. Existe ainda o da Vinci SP (Single port), plataforma onde as pinças robóticas acessam o paciente por um único portal, possibilitando a cirurgia robótica por incisão única. Porém, o da Vinci SP ainda não é uma realidade no Brasil.
Em 2021 chegou ao Brasil o sistema cirúrgico robótico Versius, da empresa britânica CMR Surgical, apresentando diferenças com relação ao da Vinci, e trazendo mais uma alternativa para hospitais e cirurgiões brasileiros terem acesso a cirurgia robótica. Mais recentemente, em setembro de 2022, o Sistema Hugo™ RAS, da empresa Medtronic, foi apresentado no XVII Congresso Paulista de Urologia, devendo estar disponível em breve para os hospitais brasileiros.

A CIRURGIA ROBÓTICA É SEGURA?

Os sistemas robóticos disponíveis passaram por diversos testes antes da aprovação para o uso em cirurgias e são considerados seguros. Para realizar uma cirurgia robótica o cirurgião precisa realizar uma rigorosa certificação e dominar todos os recursos do robô. Esse conjunto de recursos, tais como visão 3D magnificada, precisão e delicadeza de movimentos, aliados a vários sistemas de segurança, tornaram a cirurgia robótica até mesmo mais segura que os métodos convencionais. Você já deve ter ouvido falar que o robô pode apresentar uma falha durante o procedimento e isso realmente é verdade. Embora sejam raras, falhas podem acontecer e toda equipe, cirurgiões e enfermagem, são treinados para a recuperação do sistema nessas situações. Vale ressaltar que a cirurgia não é realizada pelo robô e sim por um cirurgião experiente que está utilizando esse recurso para obter melhores resultados para o seu paciente.

A CIRURGIA ROBÓTICA É SEGURA?

Os sistemas robóticos disponíveis passaram por diversos testes antes da aprovação para o uso em cirurgias e são considerados seguros. Para realizar uma cirurgia robótica o cirurgião precisa realizar uma rigorosa certificação e dominar todos os recursos do robô. Esse conjunto de recursos, tais como visão 3D magnificada, precisão e delicadeza de movimentos, aliados a vários sistemas de segurança, tornaram a cirurgia robótica até mesmo mais segura que os métodos convencionais. Você já deve ter ouvido falar que o robô pode apresentar uma falha durante o procedimento e isso realmente é verdade. Embora sejam raras, falhas podem acontecer e toda equipe, cirurgiões e enfermagem, são treinados para a recuperação do sistema nessas situações. Vale ressaltar que a cirurgia não é realizada pelo robô e sim por um cirurgião experiente que está utilizando esse recurso para obter melhores resultados para o seu paciente.

Quando a cirurgia robótica é indicada?

A cirurgia robótica não está indicada para todos os casos. Na urologia pode-se dizer que praticamente todas as cirurgias que envolvem acesso a cavidade abdominal, podendo ser realizadas por laparoscopia, podem ser realizadas com a assistência robótica. Contudo, o uso da cirurgia robótica tem maior impacto para o tratamento cirúrgico de determinadas doenças, tais como: câncer de próstata, câncer de rim, câncer de bexiga, hiperplasia benigna da próstata, entre outras.

O grande limitador para o uso da cirurgia robótica ainda é seu custo elevado, fazendo com que essa modalidade não seja amplamente disponível. Felizmente, cada vez mais hospitais têm adquirido esse recurso.

Quando a cirurgia robótica é indicada?

A cirurgia robótica não está indicada para todos os casos. Na urologia pode-se dizer que praticamente todas as cirurgias que envolvem acesso a cavidade abdominal, podendo ser realizadas por laparoscopia, podem ser realizadas com a assistência robótica. Contudo, o uso da cirurgia robótica tem maior impacto para o tratamento cirúrgico de determinadas doenças, tais como: câncer de próstata, câncer de rim, câncer de bexiga, hiperplasia benigna da próstata, entre outras.

O grande limitador para o uso da cirurgia robótica ainda é seu custo elevado, fazendo com que essa modalidade não seja amplamente disponível. Felizmente, cada vez mais hospitais têm adquirido esse recurso.